Wednesday, November 17, 2010

Alentejo: que futuro?

Segundo dados do Instituto Nacional de estatística, 48% da população alentejana é constituída por pensionistas e reformados que auferem em média 265 euros mensais. A taxa de desemprego é a mais elevada do país, cifrando-se em 9,3%, enquanto 60% da população activa é composta por trabalhadores não qualificados.

Perante estes dados oficiais, que futuro para a outrora Província do Alentejo, cuja área é maior que alguns países da União Europeia, e da dimensão de Israel junto com o mártir Líbano?


Se nas principais cidades ainda há uma população medianamente jovem, nas aldeias e vilas, os velhos são a sua larguíssima maioria, sabendo-se que dentro de um quarto de século estarão despovoadas.


Na larga maioria dos concelhos do Alentejo o principal empregador é a própria Autarquia, mas com a falência daquela, a situação tende a piorar. Se há muito que as escolas do primeiro ciclo fecharam, centrando os alunos nas sedes de concelho, as escolas do segundo ciclo e as secundárias estão com tendência a fecharem e os seus alunos transferirem-se para as cidades de maior dimensão. Também o ensino politécnico tem os dias contados, ficando no futuro apenas o pólo universitário e politécnico de Évora, por muito que isso pareça impensável.


Seria a Regionalização a terapia para o mal de que há décadas sofre o Alentejo? Dificilmente, porque a massa crítica é fraca, as elites não existem, o povo não tem poder de mobilização ou de afirmação.


A indústria não existe no Alentejo porque a que existe, à escala, não é representativa. A agricultura não se modernizou, a denominda Reforma Agrária foi um roubo, mas o que se lhe seguiu não passou de mais do que o regresso a "antigamente". A rede viária é a mesma de há decénios, as novas vias "passam" mas não trouxeram o desenvolvimento que a teoria demonstrava.


O projecto do Alqueva continua sem dar os frutos previstos, quanto mais os desejados. A sua água é da pior qualidade, o que já há se sabia ir acontecer. Os transvazes necessários de água de boa qualidade, feitos a partir do norte do país através de um conjunto de obras de arte, não se podem efectuar porque a rede ainda está em estudo preliminares.


O porto de Sines continua sem um projecto de viabilização, porque viabilidade desde o estado Novo que se sabe que tem.
O aeroporto de Beja está também ele em fase de estudos para posteriores decisões.


Portalegre, outrora importante centro fabril, de têxteis e cortiça principalmente, vê as suas fábricas fecharem, sem que outras venham para as substituir.

O tempo parou no tempo, por aqui!
MM
A Região do Alentejo é uma região portuguesa, que compreende integralmente os distritos de PortalegreÉvora e Beja, e as metades sul dos distritos de Setúbal e de Santarém. Limita a norte com aRegião Centro e com a Região de Lisboa, a leste com a Espanha, a sul com o Algarve e a oeste com o Oceano Atlântico e a Região de Lisboa.
Área: 31 152 km² (33% do Continente).


População (2001): 766 339 (8% do Continente).


Compreende 5 subregiões estatísticas:
· 
Alentejo Central
· 
Alentejo Litoral
· 
Alto Alentejo
· 
Baixo Alentejo
· 
Lezíria do Tejo


O Alentejo compreende 58 concelhos (18,8% do total nacional).


Note-se que esta divisão não coincide com a antiga região tradicional do Alentejo (que não constituía uma província por si, embora muitos se referissem ao Alentejo como a reunião das duas províncias do 
AltoBaixo Alentejo), a qual era ligeiramente menor que a actual: incluía apenas os distritos de Évora e Beja (na sua totalidade), praticamente todo o distrito de Portalegre (excepto o concelho de Ponte de Sôr, que fazia parte do Ribatejo), e a metade sul do de Setúbal (os concelhos desse distrito que fazem parte da actual região do Alentejo Litoral, a saber: Alcácer do SalGrândolaSantiago do Cacém e Sines).


Além disso, fez parte, até 
1801, da antiga comarca do Alentejo (outrora chamada Entre Tejo e Odiana e Além-d'Odiana), o município de Olivença, que desde então se encontra ocupado pela Espanha.


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