Thursday, November 25, 2010

Regresso às origens

Linha da Frente - Regresso às origens.

Documentário sobre a Permacultura emitido pela RTP no dia 24 de Novembro de 2010.

PERMACULTURA


A permacultura é um método holístico para planejar, atualizar e manter sistemas de escala humana (jardins, vilas, aldeias e comunidades) ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis.
Foi criada pelos ecologistas australianos Bill Mollison e David Holmgren na década de 1970. O termo, cunhado na Austrália, veio de permanent agriculture (agricultura permanente), e mais tarde se estendeu para significar permanent culture (cultura permanente). A sustentabilidade ecológica, idéia inicial, estendeu-se para a sustentabilidade dos assentamentos humanos.

Os princípios da Permacultura vem da posição de Mollison de que "a única decisão verdadeiramente ética é cada um tomar para si a responsabilidade de sua própria existência e da de seus filhos" (Mollison, 1990). A ênfase está na aplicação criativa dos princípios básicos da natureza, integrando plantas, animais, construções, e pessoas em um ambiente produtivo e com estética e harmonia. E, neste ponto encontra paralelos com a Agricultura Natural, que sendo difundida intencionalmente pelas pesquisas de Masanabu Fukuoka por todo o mundo, chegaram as mãos dos senhores fundadores da permacultura e foram por eles desenvolvidas.
Permacultura é uma síntese das práticas agrícolas tradicionais com idéias inovadoras. Unindo o conhecimento secular às descobertas da ciência moderna, proporcionando o desenvolvimento integrado da propriedade rural de forma viável e segura para o agricultor familiar.

A permacultura, além de ser um método para planejar sistemas de escala humana, proporciona uma forma sistêmica de se visualizar o mundo e as correlações entre todos os seus componentes. Serve, portanto, como meta-modelo para a prática da visão sistêmica, podendo ser aplicada em todas as situações necessárias, desde como estruturar o habitat humano até como resolver questões complexas do mundo empresarial.
Permacultura é a utilização de uma forma sistêmica de pensar e conceber princípios ecológicos que podem ser usados para projetar, criar, gerir e melhorar todos os esforços realizados por indivíduos, famílias e comunidades no sentido de um futuro sustentável.

A Permacultura origina-se de uma cultura permanente do ambiente. Estabelecer em nossa rotina diária, hábitos e costumes de vida simples e ecológicos - um estilo de cultura e de vida em integração direta e equilibrada com o meio ambiente, envolvendo-se cotidianamente em atividades de auto-produção dos aspectos básicos de nossas vidas referentes a abrigo, alimento, transporte, saúde, bem-estar, educação e energias sustentáveis.

Pode se dizer que os três pilares da Permacultura são: Cuidado com a Terra, Cuidado com as Pessoas e Repartir os excedentes.



Fonte: Wikipédia

Friday, November 19, 2010

Portalegre, Elvas e Ponte de Sôr registam a maior concentração económica do Distrito de Portalegre

Análise já antiga sobre a economia no Distrito de Portalegre.


O Millennium bcp realizou hoje (2004/07/06) em Portalegre o 13º Encontro Millennium bcp, reunindo clientes, colaboradores e personalidades locais para apresentar, em parceria com a Universidade Católica Portuguesa (UCP), a caracterização sócio-económica do distrito, bem como a presença do Banco na região.

Com uma das maiores redes de sucursais na região, o Millennium bcp está presente no distrito desde finais dos anos 60 e conta actualmente com 20 mil clientes, responsáveis por 162 milhões de euros de recursos e 156 milhões de euros de crédito.

No que respeita ao perfil dos clientes tipo do Banco, os particulares representam 84% do total de clientes do Millennium bcp residentes no distrito de Portalegre, sendo responsáveis por mais de 65% dos recursos e mais de 50% do crédito concedido. Os ENIs representam 11% dos clientes, 26,5% dos recursos e 15,5% do crédito, enquanto as empresas equivalem a 5,4% dos clientes na região, 8,3% dos recursos e 33% do crédito.

Marcado pela diminuição acentuada e envelhecimento da população residente nas últimas duas décadas (decréscimo de 12,7% face a um crescimento de 5,3% da população nacional), o distrito de Portalegre regista actualmente 125 mil residentes. O PIB per capita está próximo da média do Alentejo, sendo portanto inferior à média nacional, e encontram-se disparidades acentuadas na repartição do rendimento entre os diferentes concelhos; destacam-se pela positiva a capital de distrito, Elvas e Ponte de Sôr. Estes três concelhos são também os que registam a maior concentração demográfica e económica, representando mais de 60% do emprego por conta de outrém e mais de metade das empresas sediadas no distrito.

A indústria transformadora e o comércio têm um peso significativo no distrito, assegurando mais de 60% do emprego. Na análise dos sectores mais empregadores, seguem-se Agricultura e Pescas (12%), a Construção (9%) e o Alojamento e Restauração (8%). A taxa de desemprego no distrito é superior à taxa nacional, situando-se em 2001 nos 8% (contra 6,8% a nível nacional), afectando maioritariamente as mulheres (11,9%). Mesmo assim, o distrito de Portalegre apresenta uma taxa de desemprego inferior à da região do Alentejo (8,6%).

Na análise da actividade financeira no distrito destaca-se um ritmo de crescimento dos volumes de negócio bancário inferior à média nacional e também numa proporção inferior à sua importância relativa em população e rendimento. Entre 1990 e 2003 a taxa de crescimento média anual de depósitos foi de 7,6% (que compara com uma média anual de 8,6% no país), e a taxa de crescimento média anual de crédito foi de 14% (16,3% em Portugal). Em peso relativo, o distrito de Portalegre representa 0,8% dos depósitos e 0,5% do crédito no total nacional.

Presente em 9 dos 15 dos concelhos do distrito de Portalegre, o Millennium bcp apresenta uma adequada implantação geográfica e demonstra experiência e conhecimento do mercado. Portalegre apresenta um elevado potencial de intensificação de relacionamento bancário e o Millennium bcp reafirma mais uma vez, com este encontro, o desejo de contribuir para o desenvolvimento regional e o bem-estar social dos habitantes do distrito.



in Comunicado de Impressa do Millennium BCP em 2004/07/06

Sindicatos de Portalegre estimam que há cerca de sete mil desempregados no distrito


A União de Sindicatos do Norte Alentejano (USNA), afecta à CGTP, manifestou-se hoje preocupada com o
desemprego na região, estimando que existam “cerca de sete mil” pessoas sem trabalho, das quais 53,4 por cento são mulheres.

“A situação é cada vez mais preocupante. Num distrito como este, com sete mil desempregados neste momento, começa a ser um peso demasiado grande para gerir estes números”, disse hoje à agência Lusa o responsável da USNA, Diogo Júlio.
Segundo os últimos números do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em Fevereiro estavam inscritos nos centros de emprego da região de Portalegre 5761 desempregados.
“Os dados que nós apresentamos englobam os números do desemprego total, ou seja o número do desemprego referente ao registado e ocupado”, justificou Diogo Júlio.
No distrito de Portalegre, segundo os números disponibilizados pela USNA, existiam em Fevereiro deste ano, 6.832 desempregados, ao passo que em Janeiro esse número situava-se nos 6.414 desempregados.
“O número não pára de crescer e torna-se cada vez mais preocupante”, alertou.
Constituída por um tecido empresarial “débil”, a região de Portalegre foi, de acordo com o sindicalista, “fortemente afectada” com a crise económica internacional.
“O distrito de Portalegre já está em crise há vários anos, mas a crise económica internacional acelerou todo este processo”, declarou.
Segundo Diogo Júlio, os sectores agro-alimentares, granitos e cortiças são os “mais afectados”.
O coordenador da USNA referiu ainda que “a situação dos pequenos empresários também é preocupante, pois não conseguem chegar aos apoios disponibilizados pelo Governo”.
Para inverter a subida da taxa de desemprego no distrito de Portalegre, Diogo Júlio apelou “à união” entre as várias entidades públicas e privadas.
“Nós queremos envolver as populações e os actores regionais para que se tomem medidas de excepção para minimizar todos os nossos problemas”, defendeu.
HYT.
Lusa/tudoben

Wednesday, November 17, 2010

Alentejo: que futuro?

Segundo dados do Instituto Nacional de estatística, 48% da população alentejana é constituída por pensionistas e reformados que auferem em média 265 euros mensais. A taxa de desemprego é a mais elevada do país, cifrando-se em 9,3%, enquanto 60% da população activa é composta por trabalhadores não qualificados.

Perante estes dados oficiais, que futuro para a outrora Província do Alentejo, cuja área é maior que alguns países da União Europeia, e da dimensão de Israel junto com o mártir Líbano?


Se nas principais cidades ainda há uma população medianamente jovem, nas aldeias e vilas, os velhos são a sua larguíssima maioria, sabendo-se que dentro de um quarto de século estarão despovoadas.


Na larga maioria dos concelhos do Alentejo o principal empregador é a própria Autarquia, mas com a falência daquela, a situação tende a piorar. Se há muito que as escolas do primeiro ciclo fecharam, centrando os alunos nas sedes de concelho, as escolas do segundo ciclo e as secundárias estão com tendência a fecharem e os seus alunos transferirem-se para as cidades de maior dimensão. Também o ensino politécnico tem os dias contados, ficando no futuro apenas o pólo universitário e politécnico de Évora, por muito que isso pareça impensável.


Seria a Regionalização a terapia para o mal de que há décadas sofre o Alentejo? Dificilmente, porque a massa crítica é fraca, as elites não existem, o povo não tem poder de mobilização ou de afirmação.


A indústria não existe no Alentejo porque a que existe, à escala, não é representativa. A agricultura não se modernizou, a denominda Reforma Agrária foi um roubo, mas o que se lhe seguiu não passou de mais do que o regresso a "antigamente". A rede viária é a mesma de há decénios, as novas vias "passam" mas não trouxeram o desenvolvimento que a teoria demonstrava.


O projecto do Alqueva continua sem dar os frutos previstos, quanto mais os desejados. A sua água é da pior qualidade, o que já há se sabia ir acontecer. Os transvazes necessários de água de boa qualidade, feitos a partir do norte do país através de um conjunto de obras de arte, não se podem efectuar porque a rede ainda está em estudo preliminares.


O porto de Sines continua sem um projecto de viabilização, porque viabilidade desde o estado Novo que se sabe que tem.
O aeroporto de Beja está também ele em fase de estudos para posteriores decisões.


Portalegre, outrora importante centro fabril, de têxteis e cortiça principalmente, vê as suas fábricas fecharem, sem que outras venham para as substituir.

O tempo parou no tempo, por aqui!
MM
A Região do Alentejo é uma região portuguesa, que compreende integralmente os distritos de PortalegreÉvora e Beja, e as metades sul dos distritos de Setúbal e de Santarém. Limita a norte com aRegião Centro e com a Região de Lisboa, a leste com a Espanha, a sul com o Algarve e a oeste com o Oceano Atlântico e a Região de Lisboa.
Área: 31 152 km² (33% do Continente).


População (2001): 766 339 (8% do Continente).


Compreende 5 subregiões estatísticas:
· 
Alentejo Central
· 
Alentejo Litoral
· 
Alto Alentejo
· 
Baixo Alentejo
· 
Lezíria do Tejo


O Alentejo compreende 58 concelhos (18,8% do total nacional).


Note-se que esta divisão não coincide com a antiga região tradicional do Alentejo (que não constituía uma província por si, embora muitos se referissem ao Alentejo como a reunião das duas províncias do 
AltoBaixo Alentejo), a qual era ligeiramente menor que a actual: incluía apenas os distritos de Évora e Beja (na sua totalidade), praticamente todo o distrito de Portalegre (excepto o concelho de Ponte de Sôr, que fazia parte do Ribatejo), e a metade sul do de Setúbal (os concelhos desse distrito que fazem parte da actual região do Alentejo Litoral, a saber: Alcácer do SalGrândolaSantiago do Cacém e Sines).


Além disso, fez parte, até 
1801, da antiga comarca do Alentejo (outrora chamada Entre Tejo e Odiana e Além-d'Odiana), o município de Olivença, que desde então se encontra ocupado pela Espanha.


Saturday, November 6, 2010

Documentários

   Aldeias de Portugal - O regresso às origens

   Veja este fantástico documentário sobre as aldeias de Portugal. O investimento nas Aldeias de Portugal revela-se uma oportunidade de negócio com elevado sucesso quando bem adequada às actuais exigências dos consumidores cada vez mais conscientes da necessidade de implementação de um desenvolvimento sustentável  e ecológico das populações. O contacto com as origens, a cultura simples mas milenar e o prazer bucólico que as aldeias portuguesas proporcionam é sem dúvida único no mundo.

Ver documentário: Aldeias de Portugal - O regresso às origens (parte 1)

Ver documentário: Aldeias de Portugal - O regresso às origens (parte 2)

Ver documentário: Aldeias de Portugal - O regresso às origens (parte 3)

Associações & Desenvolvimento

  Fórum Alentejo 2015
 
  O Fórum Alentejo 2015 é um movimento informal de cidadãos, de carácter geracional, dedicado ao estudo, promoção e debate de estratégias e acções para um desenvolvimento sustentável do Alentejo, nas suas diversas vertentes económicas, sociais, ambientais e culturais.
   A sua existência, missão e objectivos baseiam-se nas seguintes premissas:

  • Forte preocupação sobre o futuro da região e sobre a necessidade de caminhar para um novo modelo de desenvolvimento.
  • Vontade de contribuir de forma activa para um debate aberto, construtivo e participativo sobre os desafios que se colocam à região.

Missão

  O Fórum Alentejo 2015 pretende promover a informação, o debate e a discussão sobre os problemas estruturantes, estratégias de desenvolvimento e iniciativas concretas para esta Região, na consciência de que este é um momento determinante para o sucesso das actuais e futuras gerações.

Visão

  Contribuir para o desenvolvimento de uma visão estratégica a 10 anos, pensando sempre no longo prazo e não em perspectivas efémeras, imediatistas e tradicionalistas. Este fórum será o catalizador desta visão, contribuindo com Conhecimento, Inovação, Competências e capacidade de Comunicação e Mobilização de vontades e esforços.

Objectivos
  • Promover o debate e o conhecimento das questões estratégicas do desenvolvimento junto da população do Alentejo;
  • Facilitar consensos e influenciar decisores sobre as opções estruturantes da região;
  • Formar futuros quadros dirigentes e gestores que possam, com as competências adquiridas, contribuir para um melhor aproveitamento das nossas vantagens competitivas.
Preocupações e Ambições

  Passados 20 anos sobre a adesão de Portugal à CEE, decorridos 3 Quadros Comunitários de Apoio, investidos muitos milhões de Euros, a região Alentejo está cada vez mais longe do nível de vida das regiões mais desenvolvidas da União Europeia.

 O Alentejo está em perda demográfica desde meados do século passado, tem uma população cada vez mais envelhecida e o mais preocupante é que não consegue reter a população mais jovem e mais qualificada, hipotecando o seu futuro.

   Existe hoje consciência das causas estruturais dos problemas de desenvolvimento do Alentejo, algumas das quais remontam a muitas décadas; contudo, a sua prevalência na actualidade radica nos baixos níveis de sucesso das áreas da Educação, Formação, Empreendedorismo e Dinamização Empresarial, Emprego, entre outras; e acima de tudo na ausência de definição de uma estratégia regional sólida e coerente.

  Num contexto global em que as regiões competem e/ou cooperam umas com as outras, que assumem as suas próprias estratégias de desenvolvimento adaptadas às suas necessidades e potencialidades, que reforçam a sua autonomia e capacidade de intervenção, o Alentejo continua a ter dificuldades em definir o seu rumo.

O que queremos:

  • Um modelo de desenvolvimento regional sustentável que permita ao Alentejo caminhar para um futuro mais próspero, com mais oportunidades para os seus cidadãos e que possa atingir o rumo da convergência europeia em matéria de qualidade de vida.
  • Um Alentejo que se afirme enquanto região de excelência, que valorize os seus recursos, os seus territórios, as suas identidades, as suas dinâmicas económicas, os seus agentes e as suas populações.
  • Uma região Alentejo que contribua para o desenvolvimento de Portugal, que produza riqueza, que crie empregos, que se afirme num todo nacional em que a união das diversas realidades regionais e metropolitanas, traga mais coesão, melhor competitividade e maior sustentabilidade.

Para onde queremos caminhar:

  Como corolário, é convicção dos promotores deste movimento, a importância essencial de despertar e mobilizar as forças da sociedade alentejana para a geração de consensos relativamente às estratégias de desenvolvimento e de energias para a sua boa implementação. Em suma, é fundamental pensar de forma estratégica, analisando objectivamente os factores estruturais e conjunturais do nosso atraso. É imperativo ter um visão integrada a 10 anos, tempo mínimo suficiente para concretizar e obter os primeiros resultados das apostas que agora se fizerem. A marca adoptada - Alentejo 2015 - pretende precisamente simbolizar a essência deste movimento: contribuir para construir soluções sólidas, de valor acrescentado e que sejam pilares de uma nova fase para o desenvolvimento sustentável e para a qualidade de vida das nossas populações. Ambicionamos, portanto, uma Agenda de prioridades para o Desenvolvimento Regional Sustentável do Alentejo.

In Fórum Alentejo 2015: http://www.alentejo2015.com